O Grande Oriente do Rio de Janeiro, na data de 13/09/2025, conforme previsto em sua Constituição, reuniu seu Colegiado, formado pelos representantes legais das Lojas jurisdicionadas, seus Grão-mestres de honra, Grandes Secretários, Assessores e Delegados Regionais para deliberam conforme pauta, em reunião híbrida, e, em um momento de grande emoção, foi noticiado aos presentes e aos que assistiam remotamente, pelo SGM André Santos Wanderley, o grande feito de nossa Potência, após um longo trabalho de meses, de passar a ser reconhecido pela Grande Loja Unida da Inglaterra (GLUI).
Envolta a reunião em alegria, ocorreu a manifestação de diversos irmãos que puderam narrar suas experiências junto à Potência e o árduo trabalho que desenvolveram, sendo efusivamente aplaudidos.
Ao final, O SGM fez o pronunciamento final aos seus jurisdicionados, agradecendo e honrando sua Alta Administração, agradecendo aos Veneráveis e ressaltando a importância dos GM’s de Honra, desde Paulo Rodarte até nossos dias para podermos chegar aonde chegamos com o coroamento ao sermos reconhecidos da UGLE.


Íntegra do discurso do SGM na reunião do Colegiado:
“Boa tarde, meus amados IIr.’.!
S.’. F.’. U.’. !!!
Penso que a transformação do “eu” em “nós” ou do “seu” para o “nosso” seja um caminho necessário de ser trilhado na senda iniciática, como verdadeira jornada de evolução interior, transcendendo o individualismo das ações em prol da união harmônica entre irmãos.
Entendo, ainda, que essa mudança sustenta melhor a construção de uma irmandade genuína, onde a paz, a harmonia e a concórdia entre irmãos não são apenas ideais, mas fundamentos indispensáveis para o exercício de tudo aquilo que aprendemos e ensinamos em nossos rituais e reuniões.
Ao entender que o respeito é a base de tudo e que somos parte de um todo maior, percebemos que nossas ações, nossas palavras e nossos esforços influenciam diretamente na harmonia do coletivo, ou, no desequilíbrio do mesmo. A paz não é simplesmente a ausência de conflitos, mas um estado de espírito que se cultiva através da compreensão, do respeito e do reconhecimento da dignidade do outro. Nesse processo, o verdadeiro valor está na capacidade de transformar diferenças em aprendizados, a partir do reconhecimento de que todos possuem uma parcela de luz que, quando compartilhada, ilumina o caminho de todos.
Os de ontem, de hoje e os de amanhã, cada um a sua forma, marcou/marca/marcará positiva ou negativamente a história. O mais importante é que entre erros e acertos, tenha-se a humildade de aprender e evoluir. Sem o saudosismo tolo que engessa o progresso e revive a síndrome de Gabriela, bem como sem a ausência de memória quanto aos feitos já alcançados em tempos passados, que gera ingratidão e desconhecimento. É preciso maturidade para pensar como “nós” e para enxergar além de conveniências pessoais.
A importância do “nós” reside na força que emerge da união de talentos, experiências e perspectivas distintas, que, ao se unirem, criam uma sinergia capaz de promover o progresso comum. O trabalho do todo, concretizado na pluralidade de individualidades, é aquilo que faz a diferença na edificação de uma sociedade mais justa, mais fraterna e mais consciente.
Reforço que cada irmão, com suas particularidades e talentos únicos, é uma peça valiosa nesse grande mosaico de fraternidade.
Os de ontem, de hoje e queira o GADU, os de amanhã, todos despidos de vaidades tolas em excesso; despidos do sentimento de revanchismo, de mediocridade, de negação da verdade; e ainda aqueles que acham que tudo sabem e tudo fizeram melhor com o “eu”; que o GADU nos permita experimentar o “nós”, sem os costumeiros “partidarismos” e invenções que de tempos em tempos surgem e ganham ares de verdade nas mentes de alguns menos iluminados e nas bocas de alguns incautos, onde mentiras ganham aparência de verdade.
Que a análise do “eu” se limite às idiossincrasias de cada um, em seus aspectos positivos e negativos. Análise essa que deve ser feita preferencialmente ante o próprio espelho, com discrição e fidelidade.
Por fim, que o conjunto desses esforços, esse jogo de contribuições singulares, fortaleçam o legado da maçonaria universal e do NOSSO GORJ em particular, tornando-nos uma força transformadora capaz de promover uma humanidade mais solidária e equilibrada. Que possamos sempre valorizar e promover o ideal do “Nós” como caminho para evolução em todos os sentidos.
Encerro com a frase de Isaac Newton: “Se vi mais longe, foi por estar de pé sobre os ombros de gigantes”.
Sincera e Fraternalmente,
Ir.’. André Santos Wanderley
Ser.’. Grão-mestre – GORJ.